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Pesquisadores afirmam que uma civilização antiga morou na Amazônia


 A Amazônia, pelo que se observa hoje, não parece ter sido colônia de férias no passado. Porém, um pesquisador da Universidade da Flórida, e um crescente número de antropólogos, acreditam que uma antiga sociedade avançada ocupou a Amazônia no passado.
Em 1541, um aventureiro espanhol descreveu um pedaço da Amazônia como uma cidade que reluzia branco e como uma terra muito fértil. Atualmente, há pouca evidência de tal civilização. Em vez disso, não só aquela região como o resto da floresta tropical é aparentemente inóspita, cheia de vegetação densa e repleta de seres rastejantes assustadores e venenosos.
Do que o espanhol estava falando, então? Seria o caso de uma “ideia falsa”, vendida pelo aventureiro, ou, como pensam alguns pesquisadores hoje, houve tal civilização na Amazônia?
Os pesquisadores acreditam que sutis distúrbios do solo na paisagem amazônica provam a existência passada de uma sociedade complexa – talvez aquela que o espanhol afirma ter encontrado.
Essas evidências são muito frágeis – tanto que podem ser facilmente confundidas com a natureza. Por exemplo, os defensores da teoria da antiga sociedade a associam muito com a distribuição de sítios de “terra preta”, pedaços de terra com solo fértil.
Inicialmente, os investigadores pensaram que a terra preta se formava a partir de depósitos de cinzas vulcânicas ou pantanais antigos.Mas quando foi estudada mais profundamente, verificou-se que a terra preta era o resultado da ocupação humana permanente de um local: uma acumulação de matéria orgânica, da queima de carvão em baixa temperatura e de cinzas de incêndios.
Outra linha de evidência é o padrão de vegetação na Amazônia. Há agrupamentos de árvores de fruto em muitos sítios arqueológicos e áreas adjacentes, o que sugere que pessoas têm enriquecido a floresta com as espécies desejáveis por um longo tempo. Segundo os pesquisadores, as concentrações anômalas de espécies de plantas econômicas na floresta são provavelmente devido à ação humana.
Os críticos da teoria não se convenceram, entretanto. Eles acreditam que mesmo que essas evidências provem que povos viviam na floresta, não equivale necessariamente a dizer que eram uma civilização complexa, composta de milhões de pessoas.
Se essa civilização existiu, para onde foram todas essas pessoas? Porque hoje só vivem poucas tribos nômades na Amazônia? Os pesquisadores acreditam que esta sociedade, como outros grupos indígenas da América do Sul, foi morta pelas doenças trazidas pelos europeus.
O debate continua, e mais uma preocupação foi adicionada à lista das consequências dessa civilização antiga ter existido. Os estudiosos têm medo que as pessoas que querem explorar os recursos amazônicos usem esses dados antropológicos para apoiar a ideia da mineração e da exploração madeireira no futuro. Afinal, se a floresta sobreviveu a uma civilização tão grande antes, como hoje pode ser diferente? [MSN]

Google disponibilizará a visualização dos Manuscritos do Mar Morto


O mundo inteiro terá acesso aos Manuscritos do Mar Morto. O texto, de 2.000 anos, é considerado um dos maiores achados arqueológicos do século passado, e foi encontrado em cavernas perto do Mar Morto no final de 1940.
Imagens de alta resolução, que são cópias fiéis dos originais, estão programadas para estarem disponíveis em poucos meses. Há muito tempo, especialistas reclamam que apenas um pequeno número de estudiosos tem acesso aos pergaminhos, por determinado momento.
Os pergaminhos são delicados e tem que ser mantidos no escuro, em salas de temperatura controlada no Museu de Israel, em Jerusalém. Apenas quatro funcionários treinados estão autorizados a manusear os manuscritos de papiro. A exposição à luz pode danificá-los.
Agora, a Autoridade de Antiguidades de Israel e o Google serão os responsáveis por trazer os documentos à internet, permitindo que estudiosos e o público em geral tenham acesso generalizado aos manuscritos antigos, pela primeira vez.
Segundo eles, o projeto irá garantir que os 30.000 fragmentos originais que compõem os manuscritos sejam preservados, além da ampliação do acesso a eles. Os pergaminhos, que incluem partes da Bíblia hebraica e tratados sobre a vida comunitária e a guerra apocalíptica, têm ajudado a esclarecer fatos importantes sobre o judaísmo e as origens do cristianismo.
Os Manuscritos do Mar Morto estarão disponíveis em suas línguas originais: hebraico, aramaico e grego, e também em uma tradução em inglês. Eventualmente outras traduções serão adicionadas, e recurso de tradução do Google também pode ser incorporado. Os manuscritos poderão ser igualmente pesquisados.
Os Manuscritos já estiveram em exibição em vários locais do mundo, e atraem bastante a curiosidade do público. O Google disse que o projeto de publicá-lo online faz parte de uma grande tentativa de quebrar barreiras e incentivar a divulgação e a preservação do patrimônio mundial e da cultura.
O Google trabalhou junto a universidades européias e ao Museu Nacional do Iraque para trazer outros textos e artefatos online, mas a natureza dos Manuscritos do Mar Morto torna essa escolha a mais atraente para um grande público. [MSN]

Estudo revela que neanderthais tinham compaixão

 
Neanderthais são frequentemente retratados como detentores de uma força brutal e incapazes de ter e demostrar emoções. Um novo livro, porém, sugere que os neanderthais tinham um lado sensível, mostrando “um profundo sentimento de compaixão”.
Os resultados, também publicado na revista Tempo & Mente, fazem parte de um estudo maior que tenta explicar como a empatia e outros sentimentos evoluíram nos primeiros humanos. Os pesquisadores Penny Spikins, Andy Needham e Holly Rutherford, do Departamento de Arqueologia da Universidade de York, Reino Unido, examinaram evidências arqueológicas da forma como as emoções começaram a surgir em nossos ancestrais seis milhões de anos atrás e como elas foram se desenvolvendo através dos tempos mais recentes.
Baseado em fósseis, artefatos e outras evidências, os cientistas propõem um modelo de quatro estágios para o desenvolvimento da compaixão humana:
A primeira fase começou há seis milhões de anos, de acordo com os cientistas, quando o ancestral comum de humanos e chimpanzés experimentou o despertar inicial de uma empatia com os outros e uma motivação para ajudá-los; talvez um gesto de conforto ou um mover um ramo para permitir a passagem de outros.
A segunda etapa, de 1,8 milhões de anos atrás, vê compaixão em Homo erectus começando a ser regulamentada como uma emoção integrada com o pensamento racional. Cuidar de indivíduos doentes representou um grande investimento de compaixão, enquanto o surgimento de um tratamento especial de luto pelos mortos sugeriu um desejo de aliviar os sentimentos dos outros, concluem os pesquisadores.
A terceira etapa, baseado nas conclusões da Europa entre cerca de 500.000 e 400.000 anos atrás, vê no homem Homo heidelbergensis e neandertais o desenvolvimento de compromissos profundos com o bem-estar dos outros ilustrado por uma adolescência longa e uma dependência de companhia para a caça. Há também evidências arqueológicas do atendimento de rotina dos feridos ou doentes por longos períodos. Entre elas, estão os restos de uma criança com anormalidades cerebrais congênitas que não foi abandonada, mas viveu até os cinco ou seis anos de idade. Os pesquisadores também observam que havia um homem de Neandertal com um braço atrofiado, pés deformados e cegueira de um olho, que deve ter sido cuidado, talvez por até 20 anos.
Na quarta etapa, os cientistas dizem que entre os seres humanos modernos, a partir de 120.000 anos atrás, a compaixão se estendeu a estranhos, animais, objetos e conceitos abstratos. Spikins, que liderou a pesquisa, afirma que as novas tecnologias têm permitido os arqueólogos a tentar encontrar explicações científica ao que uma vez foram os sentimentos intangíveis dos seres humanos antigos. Ela acrescenta que a pesquisa foi apenas o primeiro passo em uma arqueologia pré-histórica muito necessária de compaixão.
“Compaixão é talvez a emoção mais fundamental do ser humano. Ele nos une e pode nos inspirar, mas também é frágil e fugaz”, sustenta. “Nós tradicionalmente prestamos atenção no que os seres humanos pensavam um dos outros. Agora, está na hora de nos perguntarmos se eles realmente se importavam com eles”, finaliza. [msnbc]

Análises de DNA reescrevem história dos africanos na América


Pergunta que até hoje não encontrou solução entre os historiadores: quem foi o primeiro africano a pisar na América? A teoria mais aceita é que tenha sido algum escravo trazido de um navio negreiro no início do século XVI, quando esse sistema econômico começou a tomar forma. Mas a genética, com uma ajudinha da arqueologia, parece ter finalmente encontrado a resposta definitiva: foram dois homens na tripulação de Cristóvão Colombo, já em 1492.
Usando a análise do DNA de ossos humanos escavados de um cemitério em La Isabela, República Dominicana – a primeira cidade colonial nas Américas – o novo estudo reforça a teoria de que os africanos cruzaram o Atlântico pelo menos 150 anos antes do que se imaginava. Uma época onde os “nossos” indígenas ainda nem podiam desconfiar da desgraça que aqueles estranhos homens brancos trariam do outro lado do Atlântico.
Mas não estamos falando de Brasil, e sim de uma colônia na América Central. La Isabela foi fundada em 1494, na segunda viagem de Colombo ao Novo Mundo, dois anos depois da primeira. Dezessete navios trouxeram consigo mais de 1.700 europeus – entre os quais havia agricultores, construtores, padres e o pequeno número de navegadores que deram carona a eles – na ilha de Hispaniola, que hoje é dividida entre a República Dominicana e o Haiti. Mais dois anos se passaram, período no qual 300 dos desbravadores morreram de doenças variadas. Em 1498, ano em que Vasco da Gama chegava às Índias, La Isabela foi abandonada.
No ano passado, novas investigações aconteceram na ilha. Um levantamento sugere que até sete dos 49 esqueletos exumados do cemitério local haviam pertencido a africanos. Os indicativos: semelhantes àqueles com os quais se identificam dinossauros. O carbono e os isótopos de estrôncio no esmalte dos dentes, principalmente, aproximam tais suspeitas da realidade.
Foram analisados o fêmur e um dente molar de cada um dos 10 esqueletos “possivelmente africanos”, desenterrados entre 1983 e 1991. Os testes de DNA, por fim, jogaram um pouco de água na fervura dos pesquisadores. Mas não destruíram a teoria: dos sete que se imaginavam, dois parecem realmente ter sido africanos. Os pesquisadores explicam que tais africanos, provavelmente, faziam parte da turma que Colombo levou para colonizar o novo território, mas como foram parar numa dessas caravelas permanece um mistério. Certamente, executavam um serviço que não se distinguia muito daquele que fizeram os milhares de negros que cruzaram o oceano nos três séculos seguintes. [Fonte: Hypescience]


Cientistas descobriram um novo tipo de humano, chamados Denisovans, em cavernas da Sibéria. Os ossos encontrados sugerem que eles co-existiram e cruzaram com a nossa própria espécie.
Um grupo internacional de pesquisadores sequenciou um genoma completo de um dos antigos hominídeos (criaturas com aparência humana), com base no DNA nuclear extraído de um osso de dedo.
Segundo os pesquisadores, isso fornece a confirmação de que havia pelo menos quatro tipos distintos de existência humana quando os humanos anatomicamente modernos (Homo sapiens) deixaram sua terra natal africana pela primeira vez.
Junto com os humanos modernos, os cientistas sabiam dos Neandertais e de uma espécie humana anã encontrada na ilha indonésia de Flores, apelidada de “hobbit”. A esta lista, os especialistas devem agora adicionar os Denisovans.
Há também evidências de que esse novo grupo era difundido na Eurásia. Eles devem ter co-existido com os Neandertais e cruzado com a nossa espécie, talvez por volta de 50.000 anos atrás.
Através da análise dos DNAs de ossos encontrados na caverna Denisova, no sul da Sibéria, os cientistas concluíram que os indivíduos pertenciam a um grupo geneticamente distinto de seres humanos, com parentesco distante dos Neandertais, e ainda mais distante de nós.
A descoberta acrescenta mais peso à teoria de que um tipo diferente de humano poderia ter existido na Eurásia, ao mesmo tempo em que a nossa espécie.
Antes, os pesquisadores tinham uma evidência fóssil para apoiar este ponto de vista, mas agora eles têm algumas provas concretas do estudo genético realizado. Ou seja, com bastante certeza uma espécie de vida humana adiantada evoluiu na Europa.
O estudo mostra que os Denisovans cruzaram com os ancestrais dos povos atuais da região norte da Melanésia e nordeste da Austrália. O DNA melanésio compreende entre 4% e 6% do DNA Denisovan.
O fato de que os genes Denisovan acabaram tão ao sul sugere que eles foram generalizados em toda a Eurásia; eles devem ter se espalhado por milhares e milhares de quilômetros.
Um mistério é por que os genes são únicos em melanésios modernos, e não são encontrados em outros grupos da Eurásia até agora amostrados. A teoria dos pesquisadores é que eles tiveram apenas um encontro fugaz como os seres humanos modernos, enquanto migravam através do sudeste da Ásia e, em seguida, na Melanésia.
Segundo os cientistas, apenas 50 Denisovans cruzando com mil seres humanos modernos seria suficiente para produzir 5% de genes arcaicos transferidos. Portanto, o impacto pode existir, mas o número de eventos pode ter sido muito pequeno e bastante raro.
Ninguém sabe quando ou como esses seres humanos desapareceram, mas, segundo os pesquisadores, provavelmente tem algo a ver com os povos modernos, pois todos os seres humanos”arcaicos”, como os Neandertais, desapareceram algum tempo depois do Homo sapiens sapiens aparecer na cena. [BBC]

Primeiras viagens marítimas dos humanos podem ter acontecido a 130 mil anos atrás


Arqueólogos descobriram o que pode ser evidência de uma das primeiras viagens através do mar feitas por ancestrais humanos na ilha de Creta.

Creta está separada do continente há cerca de cinco milhões de anos. Quando especialistas gregos e americanos encontraram machados e outras ferramentas brutas, provavelmente com 130.000 a 700.000 anos de idade, próximas a abrigos na costa sul da ilha, isso sugere que quem fez essas ferramentas deve ter viajado para lá via marítima (uma distância de pelo menos 65 quilômetros).
Esse fato pode confrontar a visão atual de que os ancestrais humanos migraram da África para a Europa apenas por terra. Anteriormente, os primeiros indícios de viagens a mar aberto datavam cerca de 60 mil anos atrás, embora outras datas tenham sido propostas.
As descobertas não só fornecem provas de viagens marítimas no Mediterrâneo dezenas de milhares de anos mais cedo do que se pensava, mas também mudam a compreensão das habilidades cognitivas dos primeiros hominídeos.
As ferramentas foram encontradas durante uma pesquisa em cavernas e abrigos sob rochas perto da aldeia de Plakias. Instrumentos de pedra bruta são associados com o homem de Heidelberg e com o Homo erectus, precursores extintos da raça humana moderna, que evoluíram da África cerca de 200.000 anos atrás.
Até agora, não havia nenhuma prova de presença do início da Idade da Pedra na ilha de Creta. Segundo os pesquisadores, ainda não está claro se os hominídeos realmente navegaram, ou se os assentamentos eram permanentes. Eles podem ter vindo da África ou do leste.
Por enquanto, só novos estudos poderão responder a essas perguntas. A equipe de arqueólogos solicitou permissão para realizar uma escavação mais aprofundada na área, que as autoridades gregas devem aprovar ainda este ano. [MSN

Minha Despedida:

CARTA ABERTA: Venho por meio desta externar meu profundo agradecimento pela oportunidade a mim concedida de lecionar por mais de 10 anos na FGG para o curso de Pedagogia e por um determinado período no curso de Psicologia, e por poder colaborar com a ACE em reuniões, eventos e formaturas sempre que solicitado. Nesse tempo lecionei as disciplinas de Filosofia da Educação, História da Educação, Projetos Educacionais, Políticas Públicas, Formação Continuada dos Docentes, Gestão Escolar, Educação e Novas Tecnologias, Educação de Jovens e Adultos, Antropologia, Sociologia da Educação e Empreendedorismo. Reconheço que mais aprendi que ensinei. Também estendo meus agradecimentos sinceros especialmente para algumas pessoas, dentre elas destacam-se: Professora Cheila, ex-coordenadora do curso de Pedagogia, gestora competente e ética, a qual me deu a oportunidade de compor sua equipe de trabalho; Professor Petry, ex-diretor da faculdade e excelente professor de sociologia; Professor Júlio, gestor por excelência do curso de Psicologia; Agradeço a ex-secretária Jovita e a Secretária Sandra, sempre muito prestativas e educadas. Também agradeço a professora empreendedora Marília, a qual tive o privilégio de ser aluno e mais tarde colega de trabalho; E a amiga Elisabeth, ex-professora da pedagogia, sempre muito comprometida, atualmente colega de trabalho na SDR/GERED. Meu muito obrigado ao Luciano, sempre muito prestativo e excelente funcionário. Também estendo meus agradecimentos a toda equipe administrativa e corpo docente do curso de Pedagogia da FGG. Ao corpo discente desejo muito sucesso enquanto acadêmicos e acadêmicas do curso de Pedagogia, especialmente para aqueles e aquelas que por algum período tive a honra de ter como meus alunos e alunas. A vocês desejo também sucesso profissional, sempre pautado pela ética e pelo comprometimento. Lembrem-se que: “uma visão de futuro sem ação é apenas um sonho; Uma ação sem visão de futuro é apenas um passatempo; Porém, uma visão de futuro com ação planejada pode causar uma revolução pessoal e profissional positiva”. Por isso, digo a todos e a todas, mesmo para aqueles e aquelas que por alguma razão não entenderam minha proposta pedagógica de trabalho: “acredite em você, tenha pensamentos de sucesso, palavras de sucesso, ações de sucesso, hábitos de sucesso e acima de tudo caráter, e certamente o teu destino só poderá ser o sucesso pessoal e profissional”! Mais uma vez muito obrigado por tudo e que Deus nos dê sabedoria e ilumine a todos nós. Cordialmente, Professor Jorge Schemes.