O principal objetivo deste blog é oferecer informações e notícias relacionadas com a Antropologia Biológica e Cultural e a Arqueologia.

Fósseis em âmbar na Índia sugerem nova versão para passado geológico


Abelhas, cupins, aranhas e moscas descobertos recentemente em um depósito de âmbar desafiam a suposição de que a Índia era uma ilha-continente isolada no início do Eoceno, há cerca de 50 milhões de anos. O estudo foi publicado na edição online da revista Proceedings of National Academy of Sciences (PNAS).

Artrópodes encontrados no depósito de Cambaia, oeste indiano, não são exclusivos como se poderia esperar de uma ilha, mas têm relações evolucionárias próximas com fósseis de outros continentes. O âmbar é também a mais antiga evidência de uma floresta tropical latifoliada na Ásia.
"Sabemos que a Índia já foi isolada, mas quando e por quanto tempo exatamente ainda é incerto", afirma David Grimaldi, curador da Divisão de Zoologia de Invertebrados do Museu Americano de História Natural. "A evidência biológica no depósito de âmbar mostra que havia alguma conexão biótica [elementos causados por organismos em um ecossistema que condicionam as populações que o formam] entre as espécies", explica.
"O âmbar, semelhante a uma foto antiga, revela como era a vida na Índia antes da colisão com o continente asiático", diz Jes Rust, professor de Paleontologia de Invertebrados na Universidade de Bonn, na Alemanha. "Os insetos capturados na resina fóssil lançam uma nova luz sobre a história do subcontinente."
O registro de âmbar em árvores latifoliadas (com folhas largas e grandes) é raro até o período geológico Terciário, ou seja, depois que os dinossauros foram extintos. Foi nessa época que as plantas angiospermas (que produzem frutos) superaram as coníferas (gimnospermas) e começaram a dominar as florestas, desenvolvendo o ecossistema que até hoje atravessa a Linha do Equador. Esse novo âmbar, junto com o da Colômbia - que tem 10 milhões de anos a mais -, indica que as florestas tropicais são mais antigas do que se pensava.
No trabalho, Grimaldi, Rust e seus colegas descrevem o âmbar de Cambaia como a evidência mais antiga de florestas tropicais na Ásia. O âmbar tem sido ligado quimicamente à Dipterocarpaceae, uma família de árvores que atualmente representa 80% da cobertura florestal do Sudeste Asiático. Madeira fossilizada dessa família também foi encontrada, tornando esse depósito o registro mais antigo dessas plantas na Índia e mostrando que essa família tem quase o dobro da idade que se acreditava. É mais provável que a espécie tenha se originado quando porções do supercontinente do sul Gonduana ainda estavam ligadas.
Também foram descritas na pesquisa 100 espécies de artrópodes, que representam 55 famílias e 14 ordens. Algumas dessas espécies são consideradas parentes, como abelhas produtoras de mel e abelhas sem ferrão, cupins e formigas, sugerindo que esses grupos se espalharam durante o Eoceno ou pouco antes dele.
E muitos dos fósseis de Cambaia têm parentes em outros continentes, embora não onde isso seria esperado. Em vez de encontrar laços evolutivos entre África, Madagascar e Índia como parte do supercontinente Gonduana, os pesquisadores acharam parentes próximos no norte da Europa, Ásia, Austrália e Américas.
"O que descobrimos indica que a Índia não estava completamente isolada, embora o depósito de Cambaia pertença a uma época que antecede a união da Índia à Ásia", diz Michael Engel, professor do Departamento de Ecologia e Biologia Evolucionária e curador de entomologia da Universidade do Kansas, nos EUA. "Pode ter havido algumas ligações", completa.
O clima também pode ter desempenhado um importante papel na fauna encontrada no âmbar. O início do Eoceno foi uma época de grande calor: os trópicos atingiram os polos. Os pesquisadores preveem que o clima possa ter tido um efeito sobre a distribuição dos artrópodes. "As relações de diversidade e evolução dos depósitos de Cambaia mostram os efeitos profundos do clima sobre esses grupos", avalia Engel. [Fonte: Estadão]


Vestígios de 6.500 anos em Joinville, SC, Brasil.

 Peças encontradas em morro sugerem que Joinville foi habitada por pré-sambaquianos

O topo de um morro destinado à ampliação do aterro sanitário de Joinville, na zona Norte, guarda um achado arqueológico de 6,5 mil anos que pode ajudar a explicar a transição dos povos caçadores-coletores do interior do Estado para os sambaquianos do litoral. A descoberta é de pesquisadores da Unisul de Florianópolis e coordenada pelo geólogo Marco De Masi. Responsável por outras descobertas – como a de 96 ossadas indígenas na BR-101, em Jaguaruna, no Sul do Estado –, o pesquisador foi contratado pela Ambiental, empresa que gerencia o aterro, para acompanhar possíveis achados arqueológicos. O serviço é necessário para a emissão de licenças ambientais. Após escavações, em setembro, Marco e um auxiliar encontraram pistas de vida ancestral na área.

Primeiro, foram lascas de pedra, o que levou a acreditar que o local pudesse ser um acampamento de caçadores-coletores. Em seguida, desenterraram um polidor de machadinhas, um quebra-coquinho, um macerador e pontas de flechas. Só na superfície do morro, foram achados 640 artefatos. Com menos de 10% de área escavada, juntaram 1,2 mil. Eram os indícios de que uma comunidade viveu no local, segundo o geólogo. Peças com restos de carvão foram enviadas a um centro de estudos, o Beta Analytic Inc., em Miami, nos Estados Unidos, para identificar os materiais. A resposta, ainda em setembro, trouxe a surpresa. As peças eram anteriores aos sambaquianos, que apareceram na região há 5,1 mil anos e, no Estado, há 6,2 mil anos.

Há indícios de que o mar era mais avançado na época (inundava boa parte da zona Norte, por exemplo) e que esses caçadores-coletores viviam perto da orla, mas ainda com o estilo de vida do interior. “Isso permite interpretar que mais tarde esses grupos podem se tornar os sambaquianos [que se alimentam do mar, habitam áreas alagáveis e têm outros hábitos]”, analisa Marco.

É difícil dizer de que grupo são esses povos, segundo o geólogo. A possibilidade é de que sejam dos gês, os mais antigos do Sul. Os guaranis vieram mais tarde. Todo o material está sendo catalogado e armazenado no Laboratório de Arqueologia da Unisul, com aval do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), para dar origem a estudos mais detalhados.

As escavações podem durar de seis meses a um ano e devem virar local de estudo para universitários.

Idade dos fósseis:
É calculada pelo carbono-14, átomo presente na matéria orgânica (nosso corpo, plantas, carvão). Como sua quantidade diminui muito lentamente com o tempo, é possível calcular a idade de fósseis de até 70 mil anos com precisão.

Veja: 35 mil anos de história na américas 

Veja: Como é feito o estudo

[Fonte: AN.com.br]

Minha Despedida:

CARTA ABERTA: Venho por meio desta externar meu profundo agradecimento pela oportunidade a mim concedida de lecionar por mais de 10 anos na FGG para o curso de Pedagogia e por um determinado período no curso de Psicologia, e por poder colaborar com a ACE em reuniões, eventos e formaturas sempre que solicitado. Nesse tempo lecionei as disciplinas de Filosofia da Educação, História da Educação, Projetos Educacionais, Políticas Públicas, Formação Continuada dos Docentes, Gestão Escolar, Educação e Novas Tecnologias, Educação de Jovens e Adultos, Antropologia, Sociologia da Educação e Empreendedorismo. Reconheço que mais aprendi que ensinei. Também estendo meus agradecimentos sinceros especialmente para algumas pessoas, dentre elas destacam-se: Professora Cheila, ex-coordenadora do curso de Pedagogia, gestora competente e ética, a qual me deu a oportunidade de compor sua equipe de trabalho; Professor Petry, ex-diretor da faculdade e excelente professor de sociologia; Professor Júlio, gestor por excelência do curso de Psicologia; Agradeço a ex-secretária Jovita e a Secretária Sandra, sempre muito prestativas e educadas. Também agradeço a professora empreendedora Marília, a qual tive o privilégio de ser aluno e mais tarde colega de trabalho; E a amiga Elisabeth, ex-professora da pedagogia, sempre muito comprometida, atualmente colega de trabalho na SDR/GERED. Meu muito obrigado ao Luciano, sempre muito prestativo e excelente funcionário. Também estendo meus agradecimentos a toda equipe administrativa e corpo docente do curso de Pedagogia da FGG. Ao corpo discente desejo muito sucesso enquanto acadêmicos e acadêmicas do curso de Pedagogia, especialmente para aqueles e aquelas que por algum período tive a honra de ter como meus alunos e alunas. A vocês desejo também sucesso profissional, sempre pautado pela ética e pelo comprometimento. Lembrem-se que: “uma visão de futuro sem ação é apenas um sonho; Uma ação sem visão de futuro é apenas um passatempo; Porém, uma visão de futuro com ação planejada pode causar uma revolução pessoal e profissional positiva”. Por isso, digo a todos e a todas, mesmo para aqueles e aquelas que por alguma razão não entenderam minha proposta pedagógica de trabalho: “acredite em você, tenha pensamentos de sucesso, palavras de sucesso, ações de sucesso, hábitos de sucesso e acima de tudo caráter, e certamente o teu destino só poderá ser o sucesso pessoal e profissional”! Mais uma vez muito obrigado por tudo e que Deus nos dê sabedoria e ilumine a todos nós. Cordialmente, Professor Jorge Schemes.