O principal objetivo deste blog é oferecer informações e notícias relacionadas com a Antropologia Biológica e Cultural e a Arqueologia.

Exploradora de petróleo acha fóssil de dinossauro

Funcionária da Syncrude descobriu fóssil de dinossauro marinho no Canadá enquanto operava uma das escavadeiras da empresa.


Maggy Horvath desenterrou o que parece ser um fóssil quase completo de plesiosauro, um réptil gigante marinho que foi extinto há 65 milhões de anos. A descoberta foi feita em 14 de novembro, mas somente há três dias a empresa divulgou o achado. No momento, o fóssil está sendo examinado por cientistas e técnicos do Museu de Paleontologia Royal Tyrrell.
Uma vez que outros nove fósseis já foram encontrados pela Syncrude, a operadora possuía um protocolo a seguir quando se deparou com o animal: ela parou de cavar e chamou o geólogo que trabalha em parceria com o museu. Graças a isso, nenhuma parte da ossada parece ter sido danificada, e ela será removida até o final da semana.
Embora detalhes sobre a dimensão do fóssil não tenham sido divulgados, sabe-se que os plesiosauros eram animais de pescoço longo, cabeça pequena e tronco curto que viviam na água. Considerados um dos maiores predadores marinhos que já existiram, eles mediam entre dois e 15 metros, dependendo da espécie. O animal é frequentemente ligado às lendas sobre a existência de um monstro no Lago Ness, na Escócia.
O local de exploração em que o fóssil foi encontrado, em Alberta, já foi, no passado, mar. Diversos fósseis de répteis marinhos foram encontrados lá pela Syncrude. O último, escavado no ano 2000, tinha 110 milhões de anos.[Fonte: Exame.com]

Genoma do aborígine australiano fornece dados sobre migrações


Grupo de dança de aborígines australiano se prepara para dançar em apresentação em Pequim, China (AFP/Arquivo, PETER PARKS)


O genoma contido na mecha de cabelo de um aborígine australiano pôs em dúvida as teorias mais aceitas sobre as primeiras migrações da África à Ásia, ao sugerir que não transcorreram em uma só leva, mas em várias.
Segundo um estudo da Universidade de Copenhague publicado nesta quinta-feira na revistaScience, o aborígine australiano é o descendente direto dos primeiros exploradores que saíram do norte da África, entre 62 mil e 75 mil anos atrás.
Essa é a principal informação fornecida pela primeira sequência completa do genoma do aborígine australiano, decifrada a partir de uma mecha de cabelo que data do início do século XX e procede da região australiana de Goldfields.
O DNA da sequência carece de informações genéticas dos australianos modernos, que descendem dos europeus, algo que a equipe de cientistas considera uma mostra de que os antecessores dos aborígines se deslocaram através da Ásia e chegaram à Austrália em uma primeira leva migratória, anterior às restantes.
Enquanto isso, "os antepassados de europeus e asiáticos permaneciam quietos em algum lugar da África ou do Oriente Médio, ainda esperando para explorar o mundo", indicou o principal autor do estudo, o dinamarquês Eske Willerslev.
O estudo contradiz a hipótese apresentada por cientistas americanos e europeus no início da década de 1990, segundo a qual o Homo sapiens iniciou desde a África uma única onda migratória que chegou a todos os continentes, à exceção da América.
Por outro lado, aponta o estudo, os antecessores dos aborígines australianos embarcaram na aventura rumo à Oceania cerca de 24 mil anos antes dos antecedentes dos atuais asiáticos.
"Os aborígines australianos têm provavelmente uma das histórias mais antigas de população estabelecida de forma fixa fora da África Subsaaariana", disse Willerslev no estudo.
Para chegar a essa conclusão, a equipe comparou a sequência de genoma do aborígine com outras 79 procedentes de indivíduos da Ásia, Europa e África.[Fonte: Terra]

Paleontólogos descobrem primata que viveu há 20 milhões de anos


Pesquisadores apresentam mandíbula descoberta na África - Foto: AFPP

Paleontólogos do Museu de História Natural e do College de France apresentaram nesta segunda-feira em Paris fósseis de um primata que viveu há 20 milhões de anos. Segundo os pesquisadores, os restos do animal foram encontrados em Uganda.
Os cientistas Brigitte Senut e Martin Pickford afirmam que o animal certamente vivia em árvores. Ele seria um "primo" distante da Hominidae (família que inclui o ser humano e o chimpanzé, por exemplo).
O fóssil foi descoberto em 18 de julho no monte Napak. Os cientistas vasculhavam os restos de um vulcão extinto quando descobriram os fósseis. [Fonte: Terra]

Descobertas penas de dinossauro conservadas em âmbar

AP Photo/Science
Ryan McKellar liderou a equipa de paleontólogos que descobriu as penas conservadas em âmbar 



Conservadas em âmbar, as penas foram descobertas no Canadá, por uma equipa de paleontólogos da Universidade de Alberta . Ao que tudo indica, estas penas pertenceram a dinossauros e podem contribuir para a projeção de uma imagem mais aproximada do aspeto e da cor dos espécimes extintos que viveram no nosso planeta há cerca de 70 milhões de anos.


As penas e proto-penas (antecedentes das penas que conhecemos hoje em dia, estas últimas também são apelidadas de "dinofuzz" - penugem de dinossauro) foram encontradas por Ryan McKellar e a sua equipa de paleontólogos, enquanto analisavam mais de quatro mil pedaços de âmbar, alguns com menos de um centímetro, que se encontravam na posse de museus canadianos. Publicada na revista Science , a descoberta vai permitir aos investigadores examinar aspetos como a morfologia, função e evolução das penas, mas a equipa de paleontólogos admite que não há possibilidade de associar os 11 exemplares encontrados a espécies concretas de dinossauros ou aves, apesar dos filamentos serem semelhantes a marcas anteriormente descobertas em fósseis destes animais. De acordo com os investigadores, citados pela revista Science, é provável que alguns dos fragmentos de penas encontrados pertencessem a animais voadores, enquanto outros parecem apresentar características que permitem absorver a água, semelhantes às das penas das aves marinhas atuais.[Fonte: Expresso]

Cientistas acham crânio de macaco de 20 milhões de anos

Descoberta pode preencher lacunas no estudo da evolução dos seres humanos.

Arqueólogos de Uganda e França anunciaram nesta terça-feira (03/07/2011) a descoberta de um crânio completo de um macaco de 20 milhões de anos. O fóssil foi encontrado perto das encostas do vulcão extinto Napak, no vilarejo de Karamoja, Uganda. A novidade pode auxiliar pesquisadores na compreensão da evolução humana.
"Esta é a primeira vez que um crânio completo de um macaco dessa idade é descoberto. É um fóssil de extrema importância", afirmou em Campala, capital da Uganda, o paleontólogo Martin Pickford, do College de France, de Paris.
O crânio fossilizado pertenceu a um Ugandapitchecus major, primo remoto dos grandes símios atuais. Estudos preliminares mostram que se tratava de um herbívoro que subia em árvores, e que morreu quando tinha cerca de dez anos. Ele possuía a cabeça do mesmo tamanho que a de um chimpanzé e o cérebro do tamanho de um babuíno.
O achado pode dar pistas de como o cérebro do Homo sapiens evoluiu ao longo do tempo, adquirindo o tamanho necessário para se diferenciar de seus antepassados com o desenvolvimento da linguagem e o uso de diversas ferramentas. A equipe acredita que o espécime não tinha um cérebro grande o suficiente para falar, mas o fóssil pode dar algumas evidências da relação entre volume cerebral e ganho de peso, por exemplo. Isso é importante porque pesquisadores podem avaliar o grau de inteligência do primata.
Os restos, preservados pelas cinzas do vulcão durante milhares de anos, serão levados até Paris para serem examinados e documentados antes de serem encaminhados de volta a Uganda, daqui um ano.

Supremacia numérica deu vantagem a humanos contra Neandertais

Maior densidade demográfica de homens modernos pode ter sido chave na extinção dos Neandertais. Na foto, pedaço de crânio neandertal feminino.
O crescimento acelerado da quantidade de homens modernos há 40 mil anos pode ter sido um fator decisivo na competição entre humanos modernos e Neandertais, de acordo com um novo estudo, publicado nesta quinta-feira (28/07/2011) no periódico científico Science.

No trabalho, os arqueólogos Sir Paul Mellars e Jennifer French, ambos da Universidade de Cambridge, Inglaterra, analisaram a presença de neandertais e humanos em um período que vai de 55 a 35 mil anos atrás. O resultado foi que o número de humanos se multiplicou por nove ou dez neste período. Feita com base em uma análise estatística do número de ferramentas e restos de alimentos em três sítios arqueológicos na França, a pesquisa afirma que “estes dados mostram que a supremacia numérica sozinha deve ter sido um fator poderoso na competição demográfica e territorial entre os humanos modernos e os Neandertais,” escrevem Mellars e Jennifer no artigo.

Já os motivos tecnológicos, econômicos, sociais e biológicos pelos quais os humanos modernos foram capazes de sobreviver em populações muito maiores do que os Neandertais são ainda tema de debate. Cientistas acreditam que o Homo sapiens tinha vantagens claras na caça e processamento de comida, bem como no armazenamento de alimentos, com relações sociais mais complexas e capacidade de raciocínio simbólico e planejamento. “Tudo isso pode ter tido um efeito dramático na capacidade de sobrevivência e competição dos humanos modernos”, dizem também os pesquisadores no texto.
 Alguns especialistas argumentaram contra os resultados do artigo. A conclusão, segundo eles, não está necessariamente errada, dizem, embora os métodos sejam ultrapassados. O paleoantropólogo Erik Trinkaus, da Universidade de Washington em St. Louis, no Missouri, disse ter proposto a mesma hipótese há dois anos, mas afirmou que a metodologia de contagem de artefatos para calcular população é rejeitada pela comunidade arqueológica há anos. “O número de sítios tem pouco a ver com densidade demográfica. Por exemplo, um grupo de caçadores-coletores que se movimenta muito vai deixar menos sítios do um grupo sedentário, que fiquei no mesmo lugar por muito tempo e acumule mais lixo”, explicou à AP.
Christopher Ramsey, da Universidade de Oxford, disse que o estudo apenas traz mais provas quantitativas do que já se imaginava que tinha acontecido. Já João Zilhão, pesquisador da Universidade de Barcelona, ecoou Trinkaus nas críticas à metodologia, e afirmou que o que aconteceu não foi uma simples substituição. “Temos provas genéticas e paleontológicas que houve assimilação, e não pura substituição de espécies”. [Fonte: IG]

Fóssil explica evolução dos mamíferos


O Pampa gaúcho abrigou, há 260 milhões de anos, um parente longínquo dos mamíferos. Batizado de Tiarajudens eccentricus, o animal representa o registro mais antigo de uma estrutura dentária sofisticada: com incisivos, molares e caninos. Graças aos diferentes tipos de dentes, ele podia cortar e mastigar alimentos, um luxo que ampliou drasticamente sua dieta.

O fóssil de São Gabriel, cidade a 325 quilômetros de Porto Alegre, também surpreendeu os cientistas por exibir caninos em forma de dentes de sabre. O Tiarajudens era herbívoro. O artigo que descreve a descoberta na Science levanta três hipóteses para explicar os caninos de 12 centímetros: manipulação dos alimentos antes de os abocanhar, defesa contra predadores ou uso em disputas com indivíduos da mesma espécie (por fêmeas ou território, por exemplo).

Antes do Tiarajudens, a maioria dos animais apresentava dentição semelhante à dos jacarés: dentes pontiagudos especializados em rasgar para engolir. Quase todos se alimentavam de carne ou insetos. O fóssil gaúcho representa uma nova fase.

Capazes de mastigar alimentos, os herbívoros mais evoluídos incluíram plantas fibrosas, mais abundantes, à sua dieta. Foi o primeiro passo rumo à hegemonia numérica. Iniciava o cenário, que persiste até hoje, de um ambiente com predomínio de vertebrados herbívoros e um número menor de carnívoros.

"(O Tiarajudens) é um representante do primeiro ecossistema moderno", sintetiza Juan Carlos Cisneros, salvadorenho da equipe que descobriu o fóssil. Na época, realizava pós-doutorado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Hoje, leciona na Federal do Piauí.

Evolução. Cisneros faz questão de frisar que o Tiarajudens não é um dinossauro. "Os dinossauros são répteis", explica. "Este animal não é um réptil." A designação mais correta é sinapsídeo, ramo paralelo ao dos répteis que também tem origem no tronco comum dos anfíbios primitivos.

Não há uma linha direta entre o Tiarajudens e os mamíferos atuais. O tronco dos sinapsídeos também se bifurcou inúmeras vezes. O ramo do fóssil gaúcho foi um dos primeiros a se separar da linhagem dos mamíferos.

Mesmo assim, por estar muito próximo da raiz na árvore evolutiva dos sinapsídeos, ele é importante para a compreensão da evolução dos mamíferos, afirma Jörg Fröbisch, do Museu de História Natural de Berlim.

"O mais importante do trabalho não é o animal em si, mas o que ele representa na evolução dos sinapsídeos e, portanto, dos mamíferos", confirma Hussam Zaher, diretor do Museu de Zoologia da USP. Ele recorda que o encaixe perfeito dos dentes superiores e inferiores - a chamada oclusão dentária, uma prerrogativa dos mamíferos - já se insinua no fóssil de São Gabriel.

O paleontólogo salvadorenho recorda a primeira visita ao sítio de São Gabriel. "Uma pessoa encontrou um pequeno fóssil na terra, depois outro maior... Por fim, retiramos um bloco de rocha e levamos à universidade para analisar." No laboratório, levaram seis meses para compreender exatamente o que tinham nas mãos.

O artigo da Science descreve apenas o crânio - sem a mandíbula, que não foi conservada no fóssil. Mas Cisneros afirma que outras partes do Tiarajudens foram identificadas. "Também achamos materiais importantes de outros animais", avisa Marina Soares, da UFRGS, coautora do artigo.

Ocupação antiga:

A descoberta de 56 ferramentas de pedra no Texas (Estados Unidos), também descrita na revista Science, mostra que os homens já ocupavam a América há 15 mil anos. / AP [Fonte: Estadão]

“Lucy” tinha pé semelhante ao de humanos modernos.

Foto: Science/AAAS
Foto do quarto osso metatarsal de um Australopithecus Afarensis

A dúvida sobre o modo de caminhar do hominídeo Australopithecus afarensis, um dos ancestrais do homem, chegou ao fim. A hipótese de que a espécie, cujo fóssil mais famoso é conhecido como Lucy, praticava uma forma de locomoção intermediária entre chimpanzés quadrúpedes que viviam em árvores e humanos bípedes caiu por terra com a descoberta em Hadar, na Etiópia, de um osso fossilizado, de 3,2 milhões de anos. O osso em questão é o quarto metatarsal – que conecta o dedo ao lado do mindinho à base do pé – e indica que a espécie tinha pés arqueados, semelhantes aos humanos modernos, por isso, andava em dois pés como fazemos atualmente.
Este osso é elemento chave que diferencia os pés de primatas e de humanos, pois forma arcos longitudinais e transversais na estrutura do pé. Isto quer dizer que o Australopithecus afarensis não tinha o pé chato e se movimentava com mais facilidade. Parece um detalhe, mas o desenvolvimento de pés arqueados foi uma mudança importante na evolução humana, pois significa o abandono da vida nas árvores.

“Nós sabemos há muitos anos que a espécie de Lucy, o Australopithecus afarensis, era um bípede ereto. Mas havia ainda o debate sobre se esta espécie continuava a viver entre as árvores e as hipóteses se baseavam em aspectos do esqueleto locomotor deles que lembra mais o de macacos que de humanos. A descoberta adiciona à evidência de um padrão de humanos modernos na estrutura e função do pé, o que implica uma adaptação a locomoção por dois pés”, disse ao iG William Kimbel, da Universidade do Arizona e um dos autores do estudo que será publicado esta semana no periódico científico Science.

Lucy andarilha
Os seres humanos são os únicos entre os primatas que têm pés arqueados. Esta característica facilita a locomoção em duas pernas, pois os arcos são responsáveis pela absorção do choque quando o pé toca o solo, assim como servem de plataforma dura para se impulsionar contra o chão. Os pés dos outros primatas não têm estes arcos, são mais flexíveis que os dos humanos e o dedão tem mais mobilidade, o que facilita a escalada de árvores e o engate em galhos.

Kimbel afirma que até a descoberta do fóssil do osso em Hadar, o padrão semelhante aos pés de humanos só havia sido visto em fósseis de Homo erectus de 1,8 milhões de anos, na Eurásia. “No entanto, é bom lembrar que os ossos do pé são muito raros em registros fósseis antigos, portanto não é surpreendente que a estrutura de pé igual a do homem moderno seja mais antiga que isto”, disse.

O Australopithecus afarensis viveu na África há mais de 3 milhões de anos e tinha cérebros menores e mandíbulas mais fortes que o homem moderno. Antes deles, registros fósseis revelam que vivia no Quênia e na Etiópia o Australopithecus anamensis, há 4,2 milhões de anos. E antes ainda, vivia o Ardipithecus ramidus, o mais antigo ancestral humano que vivia da Etiópia, há 4,4 milhões de anos. Embora as espécies fossem bípedes, passavam parte do tempo entre as árvores e seus pés ainda tinham características mais semelhantes aos de primatas como os chimpanzés. Ficavam em pé, mas não eram bons de caminhada.

A nova descoberta de Hadar permite dizer que há pelo menos 3,2 milhões de anos bons andarilhos vivem na Terra – isto porque não há muitos registros fósseis do A. anamensis que comprovem que estes também tivessem pés arqueados. De acordo com os cientistas, a nova descoberta sugere ainda que a vida entre as árvores tenha se tornado desfavorável aos parentes de Lucy. [Fonte: IG]

Esqueleto de 3,2 milhões de anos do Australopithecus Afarensis chamado Lucy
Foto: AP Fhoto/ Michael Stravato

Pesquisadores afirmam que uma civilização antiga morou na Amazônia


 A Amazônia, pelo que se observa hoje, não parece ter sido colônia de férias no passado. Porém, um pesquisador da Universidade da Flórida, e um crescente número de antropólogos, acreditam que uma antiga sociedade avançada ocupou a Amazônia no passado.
Em 1541, um aventureiro espanhol descreveu um pedaço da Amazônia como uma cidade que reluzia branco e como uma terra muito fértil. Atualmente, há pouca evidência de tal civilização. Em vez disso, não só aquela região como o resto da floresta tropical é aparentemente inóspita, cheia de vegetação densa e repleta de seres rastejantes assustadores e venenosos.
Do que o espanhol estava falando, então? Seria o caso de uma “ideia falsa”, vendida pelo aventureiro, ou, como pensam alguns pesquisadores hoje, houve tal civilização na Amazônia?
Os pesquisadores acreditam que sutis distúrbios do solo na paisagem amazônica provam a existência passada de uma sociedade complexa – talvez aquela que o espanhol afirma ter encontrado.
Essas evidências são muito frágeis – tanto que podem ser facilmente confundidas com a natureza. Por exemplo, os defensores da teoria da antiga sociedade a associam muito com a distribuição de sítios de “terra preta”, pedaços de terra com solo fértil.
Inicialmente, os investigadores pensaram que a terra preta se formava a partir de depósitos de cinzas vulcânicas ou pantanais antigos.Mas quando foi estudada mais profundamente, verificou-se que a terra preta era o resultado da ocupação humana permanente de um local: uma acumulação de matéria orgânica, da queima de carvão em baixa temperatura e de cinzas de incêndios.
Outra linha de evidência é o padrão de vegetação na Amazônia. Há agrupamentos de árvores de fruto em muitos sítios arqueológicos e áreas adjacentes, o que sugere que pessoas têm enriquecido a floresta com as espécies desejáveis por um longo tempo. Segundo os pesquisadores, as concentrações anômalas de espécies de plantas econômicas na floresta são provavelmente devido à ação humana.
Os críticos da teoria não se convenceram, entretanto. Eles acreditam que mesmo que essas evidências provem que povos viviam na floresta, não equivale necessariamente a dizer que eram uma civilização complexa, composta de milhões de pessoas.
Se essa civilização existiu, para onde foram todas essas pessoas? Porque hoje só vivem poucas tribos nômades na Amazônia? Os pesquisadores acreditam que esta sociedade, como outros grupos indígenas da América do Sul, foi morta pelas doenças trazidas pelos europeus.
O debate continua, e mais uma preocupação foi adicionada à lista das consequências dessa civilização antiga ter existido. Os estudiosos têm medo que as pessoas que querem explorar os recursos amazônicos usem esses dados antropológicos para apoiar a ideia da mineração e da exploração madeireira no futuro. Afinal, se a floresta sobreviveu a uma civilização tão grande antes, como hoje pode ser diferente? [MSN]

Google disponibilizará a visualização dos Manuscritos do Mar Morto


O mundo inteiro terá acesso aos Manuscritos do Mar Morto. O texto, de 2.000 anos, é considerado um dos maiores achados arqueológicos do século passado, e foi encontrado em cavernas perto do Mar Morto no final de 1940.
Imagens de alta resolução, que são cópias fiéis dos originais, estão programadas para estarem disponíveis em poucos meses. Há muito tempo, especialistas reclamam que apenas um pequeno número de estudiosos tem acesso aos pergaminhos, por determinado momento.
Os pergaminhos são delicados e tem que ser mantidos no escuro, em salas de temperatura controlada no Museu de Israel, em Jerusalém. Apenas quatro funcionários treinados estão autorizados a manusear os manuscritos de papiro. A exposição à luz pode danificá-los.
Agora, a Autoridade de Antiguidades de Israel e o Google serão os responsáveis por trazer os documentos à internet, permitindo que estudiosos e o público em geral tenham acesso generalizado aos manuscritos antigos, pela primeira vez.
Segundo eles, o projeto irá garantir que os 30.000 fragmentos originais que compõem os manuscritos sejam preservados, além da ampliação do acesso a eles. Os pergaminhos, que incluem partes da Bíblia hebraica e tratados sobre a vida comunitária e a guerra apocalíptica, têm ajudado a esclarecer fatos importantes sobre o judaísmo e as origens do cristianismo.
Os Manuscritos do Mar Morto estarão disponíveis em suas línguas originais: hebraico, aramaico e grego, e também em uma tradução em inglês. Eventualmente outras traduções serão adicionadas, e recurso de tradução do Google também pode ser incorporado. Os manuscritos poderão ser igualmente pesquisados.
Os Manuscritos já estiveram em exibição em vários locais do mundo, e atraem bastante a curiosidade do público. O Google disse que o projeto de publicá-lo online faz parte de uma grande tentativa de quebrar barreiras e incentivar a divulgação e a preservação do patrimônio mundial e da cultura.
O Google trabalhou junto a universidades européias e ao Museu Nacional do Iraque para trazer outros textos e artefatos online, mas a natureza dos Manuscritos do Mar Morto torna essa escolha a mais atraente para um grande público. [MSN]

Estudo revela que neanderthais tinham compaixão

 
Neanderthais são frequentemente retratados como detentores de uma força brutal e incapazes de ter e demostrar emoções. Um novo livro, porém, sugere que os neanderthais tinham um lado sensível, mostrando “um profundo sentimento de compaixão”.
Os resultados, também publicado na revista Tempo & Mente, fazem parte de um estudo maior que tenta explicar como a empatia e outros sentimentos evoluíram nos primeiros humanos. Os pesquisadores Penny Spikins, Andy Needham e Holly Rutherford, do Departamento de Arqueologia da Universidade de York, Reino Unido, examinaram evidências arqueológicas da forma como as emoções começaram a surgir em nossos ancestrais seis milhões de anos atrás e como elas foram se desenvolvendo através dos tempos mais recentes.
Baseado em fósseis, artefatos e outras evidências, os cientistas propõem um modelo de quatro estágios para o desenvolvimento da compaixão humana:
A primeira fase começou há seis milhões de anos, de acordo com os cientistas, quando o ancestral comum de humanos e chimpanzés experimentou o despertar inicial de uma empatia com os outros e uma motivação para ajudá-los; talvez um gesto de conforto ou um mover um ramo para permitir a passagem de outros.
A segunda etapa, de 1,8 milhões de anos atrás, vê compaixão em Homo erectus começando a ser regulamentada como uma emoção integrada com o pensamento racional. Cuidar de indivíduos doentes representou um grande investimento de compaixão, enquanto o surgimento de um tratamento especial de luto pelos mortos sugeriu um desejo de aliviar os sentimentos dos outros, concluem os pesquisadores.
A terceira etapa, baseado nas conclusões da Europa entre cerca de 500.000 e 400.000 anos atrás, vê no homem Homo heidelbergensis e neandertais o desenvolvimento de compromissos profundos com o bem-estar dos outros ilustrado por uma adolescência longa e uma dependência de companhia para a caça. Há também evidências arqueológicas do atendimento de rotina dos feridos ou doentes por longos períodos. Entre elas, estão os restos de uma criança com anormalidades cerebrais congênitas que não foi abandonada, mas viveu até os cinco ou seis anos de idade. Os pesquisadores também observam que havia um homem de Neandertal com um braço atrofiado, pés deformados e cegueira de um olho, que deve ter sido cuidado, talvez por até 20 anos.
Na quarta etapa, os cientistas dizem que entre os seres humanos modernos, a partir de 120.000 anos atrás, a compaixão se estendeu a estranhos, animais, objetos e conceitos abstratos. Spikins, que liderou a pesquisa, afirma que as novas tecnologias têm permitido os arqueólogos a tentar encontrar explicações científica ao que uma vez foram os sentimentos intangíveis dos seres humanos antigos. Ela acrescenta que a pesquisa foi apenas o primeiro passo em uma arqueologia pré-histórica muito necessária de compaixão.
“Compaixão é talvez a emoção mais fundamental do ser humano. Ele nos une e pode nos inspirar, mas também é frágil e fugaz”, sustenta. “Nós tradicionalmente prestamos atenção no que os seres humanos pensavam um dos outros. Agora, está na hora de nos perguntarmos se eles realmente se importavam com eles”, finaliza. [msnbc]

Análises de DNA reescrevem história dos africanos na América


Pergunta que até hoje não encontrou solução entre os historiadores: quem foi o primeiro africano a pisar na América? A teoria mais aceita é que tenha sido algum escravo trazido de um navio negreiro no início do século XVI, quando esse sistema econômico começou a tomar forma. Mas a genética, com uma ajudinha da arqueologia, parece ter finalmente encontrado a resposta definitiva: foram dois homens na tripulação de Cristóvão Colombo, já em 1492.
Usando a análise do DNA de ossos humanos escavados de um cemitério em La Isabela, República Dominicana – a primeira cidade colonial nas Américas – o novo estudo reforça a teoria de que os africanos cruzaram o Atlântico pelo menos 150 anos antes do que se imaginava. Uma época onde os “nossos” indígenas ainda nem podiam desconfiar da desgraça que aqueles estranhos homens brancos trariam do outro lado do Atlântico.
Mas não estamos falando de Brasil, e sim de uma colônia na América Central. La Isabela foi fundada em 1494, na segunda viagem de Colombo ao Novo Mundo, dois anos depois da primeira. Dezessete navios trouxeram consigo mais de 1.700 europeus – entre os quais havia agricultores, construtores, padres e o pequeno número de navegadores que deram carona a eles – na ilha de Hispaniola, que hoje é dividida entre a República Dominicana e o Haiti. Mais dois anos se passaram, período no qual 300 dos desbravadores morreram de doenças variadas. Em 1498, ano em que Vasco da Gama chegava às Índias, La Isabela foi abandonada.
No ano passado, novas investigações aconteceram na ilha. Um levantamento sugere que até sete dos 49 esqueletos exumados do cemitério local haviam pertencido a africanos. Os indicativos: semelhantes àqueles com os quais se identificam dinossauros. O carbono e os isótopos de estrôncio no esmalte dos dentes, principalmente, aproximam tais suspeitas da realidade.
Foram analisados o fêmur e um dente molar de cada um dos 10 esqueletos “possivelmente africanos”, desenterrados entre 1983 e 1991. Os testes de DNA, por fim, jogaram um pouco de água na fervura dos pesquisadores. Mas não destruíram a teoria: dos sete que se imaginavam, dois parecem realmente ter sido africanos. Os pesquisadores explicam que tais africanos, provavelmente, faziam parte da turma que Colombo levou para colonizar o novo território, mas como foram parar numa dessas caravelas permanece um mistério. Certamente, executavam um serviço que não se distinguia muito daquele que fizeram os milhares de negros que cruzaram o oceano nos três séculos seguintes. [Fonte: Hypescience]


Cientistas descobriram um novo tipo de humano, chamados Denisovans, em cavernas da Sibéria. Os ossos encontrados sugerem que eles co-existiram e cruzaram com a nossa própria espécie.
Um grupo internacional de pesquisadores sequenciou um genoma completo de um dos antigos hominídeos (criaturas com aparência humana), com base no DNA nuclear extraído de um osso de dedo.
Segundo os pesquisadores, isso fornece a confirmação de que havia pelo menos quatro tipos distintos de existência humana quando os humanos anatomicamente modernos (Homo sapiens) deixaram sua terra natal africana pela primeira vez.
Junto com os humanos modernos, os cientistas sabiam dos Neandertais e de uma espécie humana anã encontrada na ilha indonésia de Flores, apelidada de “hobbit”. A esta lista, os especialistas devem agora adicionar os Denisovans.
Há também evidências de que esse novo grupo era difundido na Eurásia. Eles devem ter co-existido com os Neandertais e cruzado com a nossa espécie, talvez por volta de 50.000 anos atrás.
Através da análise dos DNAs de ossos encontrados na caverna Denisova, no sul da Sibéria, os cientistas concluíram que os indivíduos pertenciam a um grupo geneticamente distinto de seres humanos, com parentesco distante dos Neandertais, e ainda mais distante de nós.
A descoberta acrescenta mais peso à teoria de que um tipo diferente de humano poderia ter existido na Eurásia, ao mesmo tempo em que a nossa espécie.
Antes, os pesquisadores tinham uma evidência fóssil para apoiar este ponto de vista, mas agora eles têm algumas provas concretas do estudo genético realizado. Ou seja, com bastante certeza uma espécie de vida humana adiantada evoluiu na Europa.
O estudo mostra que os Denisovans cruzaram com os ancestrais dos povos atuais da região norte da Melanésia e nordeste da Austrália. O DNA melanésio compreende entre 4% e 6% do DNA Denisovan.
O fato de que os genes Denisovan acabaram tão ao sul sugere que eles foram generalizados em toda a Eurásia; eles devem ter se espalhado por milhares e milhares de quilômetros.
Um mistério é por que os genes são únicos em melanésios modernos, e não são encontrados em outros grupos da Eurásia até agora amostrados. A teoria dos pesquisadores é que eles tiveram apenas um encontro fugaz como os seres humanos modernos, enquanto migravam através do sudeste da Ásia e, em seguida, na Melanésia.
Segundo os cientistas, apenas 50 Denisovans cruzando com mil seres humanos modernos seria suficiente para produzir 5% de genes arcaicos transferidos. Portanto, o impacto pode existir, mas o número de eventos pode ter sido muito pequeno e bastante raro.
Ninguém sabe quando ou como esses seres humanos desapareceram, mas, segundo os pesquisadores, provavelmente tem algo a ver com os povos modernos, pois todos os seres humanos”arcaicos”, como os Neandertais, desapareceram algum tempo depois do Homo sapiens sapiens aparecer na cena. [BBC]

Primeiras viagens marítimas dos humanos podem ter acontecido a 130 mil anos atrás


Arqueólogos descobriram o que pode ser evidência de uma das primeiras viagens através do mar feitas por ancestrais humanos na ilha de Creta.

Creta está separada do continente há cerca de cinco milhões de anos. Quando especialistas gregos e americanos encontraram machados e outras ferramentas brutas, provavelmente com 130.000 a 700.000 anos de idade, próximas a abrigos na costa sul da ilha, isso sugere que quem fez essas ferramentas deve ter viajado para lá via marítima (uma distância de pelo menos 65 quilômetros).
Esse fato pode confrontar a visão atual de que os ancestrais humanos migraram da África para a Europa apenas por terra. Anteriormente, os primeiros indícios de viagens a mar aberto datavam cerca de 60 mil anos atrás, embora outras datas tenham sido propostas.
As descobertas não só fornecem provas de viagens marítimas no Mediterrâneo dezenas de milhares de anos mais cedo do que se pensava, mas também mudam a compreensão das habilidades cognitivas dos primeiros hominídeos.
As ferramentas foram encontradas durante uma pesquisa em cavernas e abrigos sob rochas perto da aldeia de Plakias. Instrumentos de pedra bruta são associados com o homem de Heidelberg e com o Homo erectus, precursores extintos da raça humana moderna, que evoluíram da África cerca de 200.000 anos atrás.
Até agora, não havia nenhuma prova de presença do início da Idade da Pedra na ilha de Creta. Segundo os pesquisadores, ainda não está claro se os hominídeos realmente navegaram, ou se os assentamentos eram permanentes. Eles podem ter vindo da África ou do leste.
Por enquanto, só novos estudos poderão responder a essas perguntas. A equipe de arqueólogos solicitou permissão para realizar uma escavação mais aprofundada na área, que as autoridades gregas devem aprovar ainda este ano. [MSN

Minha Despedida:

CARTA ABERTA: Venho por meio desta externar meu profundo agradecimento pela oportunidade a mim concedida de lecionar por mais de 10 anos na FGG para o curso de Pedagogia e por um determinado período no curso de Psicologia, e por poder colaborar com a ACE em reuniões, eventos e formaturas sempre que solicitado. Nesse tempo lecionei as disciplinas de Filosofia da Educação, História da Educação, Projetos Educacionais, Políticas Públicas, Formação Continuada dos Docentes, Gestão Escolar, Educação e Novas Tecnologias, Educação de Jovens e Adultos, Antropologia, Sociologia da Educação e Empreendedorismo. Reconheço que mais aprendi que ensinei. Também estendo meus agradecimentos sinceros especialmente para algumas pessoas, dentre elas destacam-se: Professora Cheila, ex-coordenadora do curso de Pedagogia, gestora competente e ética, a qual me deu a oportunidade de compor sua equipe de trabalho; Professor Petry, ex-diretor da faculdade e excelente professor de sociologia; Professor Júlio, gestor por excelência do curso de Psicologia; Agradeço a ex-secretária Jovita e a Secretária Sandra, sempre muito prestativas e educadas. Também agradeço a professora empreendedora Marília, a qual tive o privilégio de ser aluno e mais tarde colega de trabalho; E a amiga Elisabeth, ex-professora da pedagogia, sempre muito comprometida, atualmente colega de trabalho na SDR/GERED. Meu muito obrigado ao Luciano, sempre muito prestativo e excelente funcionário. Também estendo meus agradecimentos a toda equipe administrativa e corpo docente do curso de Pedagogia da FGG. Ao corpo discente desejo muito sucesso enquanto acadêmicos e acadêmicas do curso de Pedagogia, especialmente para aqueles e aquelas que por algum período tive a honra de ter como meus alunos e alunas. A vocês desejo também sucesso profissional, sempre pautado pela ética e pelo comprometimento. Lembrem-se que: “uma visão de futuro sem ação é apenas um sonho; Uma ação sem visão de futuro é apenas um passatempo; Porém, uma visão de futuro com ação planejada pode causar uma revolução pessoal e profissional positiva”. Por isso, digo a todos e a todas, mesmo para aqueles e aquelas que por alguma razão não entenderam minha proposta pedagógica de trabalho: “acredite em você, tenha pensamentos de sucesso, palavras de sucesso, ações de sucesso, hábitos de sucesso e acima de tudo caráter, e certamente o teu destino só poderá ser o sucesso pessoal e profissional”! Mais uma vez muito obrigado por tudo e que Deus nos dê sabedoria e ilumine a todos nós. Cordialmente, Professor Jorge Schemes.